12 FALÁCIAS MAIS USADAS PARA CONDENAR A HOMOSSEXUALIDADE NA BÍBLIA



Falácia 1 - "Gênesis 1:37 diz que Deus criou apenas homem e mulher”.
Em Cristo, não há homem nem mulher (Gl 3:28), pois Deus não vê aparências, mas o coração (1Sm 16:7; Jo 7:24).
Mas mesmo assim esse argumento não faz sentido, já que todo homossexual é um homem ou uma mulher!
A complexa criação de Deus admite a diversidade (Ec 8:17; Sl 104:24), mas essas aparências externas não são importante para Deus (Mt 23:28).

Falácia 2 - "Gênesis 2:24 diz que casamento deve ser apenas entre um homem e uma mulher”
Jesus, ao citar essa mesma passagem de Gênesis em um diálogo com os fariseus (Mt 19:4), também ensinou que o casamento entre um homem e uma mulher não é para todos, e alguns porque nascem assim, os chamados “eunucos de nascença'' (Mt 19:10-12).
Obviamente, Cristo não se refere a características físicas, mas subjetivas do indivíduo, pois o ponto em comum desses eunucos citados por Jesus é que todos eles são inaptos ao casamento com uma mulher, e não existe nenhuma característica física que impeça um homem de se casar com uma mulher, caso ele se apaixone por ela.
Logo, o critério é o desejo: alguns nascem sem, como homossexuais e assexuados, outros perdem, como pela castração, e outros até tem desejos sexuais, mas o desejo de trabalhar para o Reino é tão maior, que o suplanta.
Essa metaforicidade da fala de Jesus é provado quando Jesus cita os celibatos como ''aqueles que se fizeram eunucos'' na mesma frase, pois caso contrário, Jesus estaria encorajando a automutilação. Ao também falar de ''nascer eunuco'', caso fosse literal, Jesus estava falando de um feto sendo removido do útero para ser castrado e sendo devolvido à ele, para ''nascer eunuco'', uma ideia absurda. Por isso, qualquer tentativa de interpretar eunuco de forma literal é igualmente absurdo.
Mas essa falácia, mesmo em Genesis, é insustentável no texto, pois Deus não ordenou Adão se casar com Eva, foi ele quem a quis (Gn 2:22-23). Não havia aqui mandamentos, leis ou ritos, apenas o desejo heterossexual de Adão desejando Eva. Adão não casou com Eva porque Deus mandou!
Casamento heterossexual não é uma ordem, senão o próprio Jesus teria descumprido tal ordem ao não se casar!
Outro ponto é que Deus criou Eva porque Adão se sentia só (Gn 2:18), e a própria Bíblia afirma que um homem pode tirar outro da solidão, até juntos numa cama, ambos se aquecendo (Ec 4:11).
Paulo também confirma que casamento hétero não é mandamento e que cada um tem suas particularidades na vida sexual (1Co 7:1-7).
Logo, proibir a homossexualidade não faz sentido quando a própria heterossexualidade não é mandamento e vida celibata, em Jesus, só tem uma motivação válida: por causa do Reino de Deus, não para entrar nele - se não, todos então teriam que ser celibatos para entrar no céu, mas para trabalhar integralmente na evangelização do mundo. Nisso, é errado dizer a um gay para ser celibato para entrar no Céu!!! Se um hétero se torna celibato para dedicar a vida a levar o Reino de Deus as pessoas, o gay tem que ser celibato pelo exato mesmo motivo!!!
Ser um eunuco de nascença não é pressuposto para ser um que se faz eunuco, são duas condições colocadas como diferentes para Jesus!!!
Logo, se casamento hétero não é mandamento e o celibato só tem como motivo válido o desejo de dedicar a vida ao Reino e sua propagação, o que sobra ao gay, igualmente ao hétero, se não fugir da promiscuidade e buscar o casamento, assim como Jesus aconselha aos próprios héteros?
Por fim, é importante notar que a única diferença que sempre existirá entre um casal heterossexual e um casal homossexual é apenas a aparência (João 7:24). E Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10:17. At 10:34, Rm 2:11).

Falácia 3 - "Gênesis 19:4 diz que Sodoma foi destruída por causa da homossexualidade”
Gênesis 19 narra unicamente os moradores de Sodoma tentando cometer um estupro coletivo contra estrangeiros hospedados na cidade, e nada além disso. Veja que Jz 19:22-28 também tem uma história parecida, pois era uma prática comum da época contra estrangeiros. Logo, a história fala sobre violência, inospitalidade e xenofobia, e não sobre homossexualidade.
Dizer que os sodomitas eram gays é tão absurdo, porque está escrito que todos os homens da cidade, incluindo as crianças, cercaram a casa para estuprar os estrangeiros (Gn 19:4)!
As crianças também eram gays? Se não havia hétero nessa cidade, quem eram as mães dessas crianças?
A Bíblia cita vários pecados como causa da destruição de Sodoma. O profeta Ezequiel deixou muito claro quais foram os pecados que a cidade cometeu: a soberba e o egoísmo:
“Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: Ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados.” (Ez 16:49). Mais claro que isso impossível!
Vários outros profetas citaram outros tipos de pecados, como idolatria, falsidade e adultério (Dt 29:23-25; Is 1:10-11; Jr 23:14), mas a homossexualidade nunca foi citada por nenhum deles!
Até Jesus usou Sodoma como exemplo de um pecado, mas ironicamente para falar do pecado do preconceito e da discriminação, não da homossexualidade (Lc 10:10-12).

Falácia 4 - "Levítico 18:22 diz que homossexualidade é uma abominação”
O início do capítulo de Levítico 18 já revela o seu tema principal: a proibição dos estatutos egípcios e cananeus (Lv 18:3 e 27), povos pagãos das cercanias de Israel.
Quando se fala em estatuto compreende-se que se tratava de práticas rituais pagãs, pois a própria Lei mosaica usava estatuto nesse sentido religioso e ritualístico (Ex 13:10; Nm 9:12; Lv 17:7).
Esse contexto de proibição de práticas de cunho religioso e idólatra se confirma no próprio uso do termo ''abominação'' ao caracterizar o ato homossexual do verso 18, já que esse termo vêm do hebraico TOEVAH e do grego BDELYGMA na Septuaginta, palavras usadas primordialmente em contextos de idolatria e adoração de ídolos em toda Bíblia (Dt 12:31; Dt 18:9-12; Dt 27:15; 1Re 11:5; 2Re 16:3-4; 23:13; Jr 44:3-4; Ez 8:9-10, 22:2-4, 11; Ml 2:11; Mt 24:15; Lc 16:14-15 e Cl 3:5; Rm 2:22).
Nos versos adjacentes (Lv 18:21; Lv 20:5) também revela esse contexto idólatra. Isso demonstra que um importante contexto desse verso é a idolatria! Logo, uma forte hipótese é que esse texto simplesmente remeta novamente ao claro mandamento bíblico contra os prostitutos cultuais, que eram muito comuns na época (Dt 23:17-18; 2Re 23:1-13; 1Re 14:24; 15:12; 22:47; Jó 36:14).
Eles são taxados na Bíblia como abomináveis e eram uma imitação das culturas religiosas de outros povos pagãos, assim como proíbe Levítico 18.
Além disso tudo, há um sério problema de tradução nesse verso: as traduções mais comuns de Lv 18:22 dizem “não se deite com um homem como se fosse mulher”, porém, a expressão “como se fosse” dessa frase vêm do hebraico ''mishkevei'', e esse termo é raríssimo na Bíblia, acontecendo, além de Levítico, somente mais uma única vez em Gênesis, no capítulo 49, verso 4.
Esse verso está inserido numa história que narra o momento em que Jacó, distribuindo benções aos seus filhos, adverte e pune seu filho Ruben de cometer um incesto, pois ele teve relações com a concubina do seu pai. Jacó então diz a Ruben: ''Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porque subiste na cama de (mish’k’vei) seu pai e o profanaste; subiste à minha cama.”
Nesse texto, a tradução escolhida para mish’k’vei foi ''na cama de''. Ou seja: enquanto Levítico traduz “mishk’vei” em “como se fosse”, Gênesis traduz o mesmo termo em “na cama de”, revelando um sentido de indicar um objeto, e não uma comparação. Obviamente, o pecado de Rubem não foi subir literalmente na cama de Jacó, mas ele ter violado o espaço íntimo do seu pai e desrespeita-lo, quando ele teve relações com a esposa de seu pai.
Logo, essa diferença de tradução não faz sentido, já que ambos os textos tem o mesmo contexto de violação de espaços íntimos de uma casa, pois em Levítico 18:8 condenará justamente o tipo de incesto que Ruben cometeu e a própria condenação ao ato homossexual masculino de Levítico está inserido em meio e esses tipos de violações domésticas, como adultérios e incestos, em Lv 20:10-14.
Logo, a tradução mais apropriada para Levítico 18:22 também é ''não se deite com um homem na cama de uma mulher'', deixando claro que a condenação é para praticas homossexuais ligadas ao adultério e ao incesto, que que se contextualizam com o capítulo. Isso explica porque todas as proibições de incesto do capítulo são somente heterossexuais, em que o verso 18 arremata todo tipo de incestos e adultérios homossexuais no contexto. Isso demonstra que outro importante contexto desse verso é as violações domésticas, como adultério e incesto possivelmente orientadas por preceitos religiosos pagãos da época. Oras, a própria Biblia mostra que alguns rituais pagãos eram feitos entre familiares (Jr 7:10, 18), e incluíam incesto e prostituição (Am 2:7-8), além da presença de prostitutos cultuais na época, como já mencionado. Muitos pais promoviam as próprias filhas à prostituição, como se ver em Levítico 19:29.
Ou seja, esse texto não proíbe homossexualidade, mas pecados sexuais ligados à idolatria da época.
O simples fato desse texto nem mesmo mencionar as lésbicas já prova tudo isso! Também em Dt 27:20-23 reforça isso, quando nesse texto também condena incesto e zoofilia assim como faz Levítico 18, só que em Deuteronômio tal condenação acontece em qualquer contexto, chamando de malditos aqueles que pratiquem tais atos, não apenas condenando estatutos pagãos, mas como mandamentos para o povo (Dt 27:1), mas aqui não se fala nada sobre homossexualidade, já que Deuteronômio já condena os prositutos cultuais claramente (Dt 23:18)!
Por fim, Levítico nem é um livro de doutrina cristã (Mt 5:17-18; Hb 7:11-12 e 8:13; Gl 3:24-25 e 5:4; 2Co 3:14), e expõe a hipocrisia e parcialidade dos religiosos ao citá-lo para justificar seus preconceitos quando no exato mesmo livro, por exemplo, se proíbe vestir roupas de diferentes tecidos, aparar a barba ou comer camarão, ou se exige fazer sacrifícios de animais, circuncisão ou rituais de purificações, quando tais coisas nunca foram preocupações para esses religiosos nem mesmo para a Igreja (Lv 1:10-17; 11:10, 12:1-8: 19:19,27). Tal parcialidade revela que tais ensinos não vem da sabedoria de Deus (Tg 3:17).

5 - "Romanos 1:26 e 27 diz que homossexualidade não é natural”
O início do verso 26 já revela a necessidade de analisar o contexto dessas passagens, porque esse versículo já se inicia com a expressão “por causa disso”, ou seja, tudo que se explicará nos próximos versículos precisa necessariamente dos anteriores para ser compreendido.
É uma constatação óbvia já ignorada na leitura fundamentalista. Oras, se ao dizer ''por causa disso ele não foi à escola'', como compreender o motivo dessa falta à escola sem um contexto imediato? Foi por causa de uma doença, um chuva ou um feriado? Só o contexto pode revelar!
O contexto de Romanos 1 é esse: o capítulo se inicia com uma saudação aos leitores da carta seguido de explicações e pedidos do seu autor, o apóstolo Paulo, aos romanos, para então no verso 18 se iniciar o assunto principal do texto: a supremacia de Deus sobre a criação e a loucura dos pagãos ao rejeitar tal supremacia ao adorar e construir ídolos para outros deuses (versos 18 ao 25). O verso 23 claramente diz ''e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis'', e o próximo diz ''por isso Deus os entregou à impureza sexual''. O verso 25 diz ''trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador''. Ou seja, claramente se percebe que o tema do texto é a idolatria, e não a homossexualidade.
O verso 26 diz que ''por causa disso (a idolatria), Deus os abandonou às paixões infames''. Ou seja, o motivo das práticas sexuais condenadas nos versos 26 e 27 também é a idolatria!
Ao falar sobre pecados sexuais de forma geral em 1Tessalonicenses 4:3-5, Paulo novamente fala sobre essas tais ''paixões'' (páthos) e ''concupiscências'' (epithumia) próprias dos pagãos também mencionadas em Romanos pelas mesmas palavras, e novamente dá como justificativa para elas a falta de ''conhecimento de Deus'', assim como faz em Romanos 1:28.
Ao falar de “suas mulheres” no verso 26, não fica claro se elas são lésbicas, esposas dos homens do verso seguinte nem o que elas faziam de contra a natureza, já que Paulo considerou até mesmo homens de cabelo comprido como algo contrário a natureza (1Co 11:14).
Atribuir que elas são lésbicas é imbutir no texto uma informação que não existe, nem direta nem indiretamente.
No verso 27 se diz que os homens “deixavam o uso natural da mulher”, logo, não se tratavam de homossexuais, mas de homens héteros que praticavam a homossexualidade por causa da idolatria, pois essa é a hipótese mais lógica, já que dizer que tais homens eram héteros que viravam gays por causa da idolaria é tão ilógico que dizer que estes já eram gays e praticavam a homossexualidade apenas por causa da idolatria!
No contexto histórico da Roma antiga era comum festivais pagãos com grandes orgias públicas, como os chamados bacanais, que incluiam atos homossexuais e travestimentos de pessoas heterossexuais com o propósito de adoração pagã. Além dos bacanais, também era comum a prática da pederastia e da escravidão sexual, ou seja: por motivos religiosos, pedagógicos, coercitivos ou não, a presença de homens heterossexuais em práticas homossexuais era comum em Roma e isso que é condenado por Paulo! O grande pecado sexual gerado pela idolatria nesse texto é pessoas abandonando até mesmo a sua natureza sexual - a heterossexualidade, por causa da idolatria! Então esse texto na verdade condena justamente o fato de religiosos obrigarem os gays a abandonar sua natureza homossexual por causa da religião deles!
Por fim, Paulo escreve na mesma carta aos Romanos que O FIM DA LEI É CRISTO, e não ele (Rm 10:4). Logo, somente Jesus Cristo pode finalizar o assunto: Jesus nunca condenou a homoafetividade (1Tm 6:3-5) - mesmo Ele sabendo exatamente o que dele seria ou não escrito posteriormente (Mt 26:13). Ao contrário, Jesus aceitou a homossexualidade como inata e diferente do celibato, desde que, assim como a heterossexualidade, não seja promíscua nem injusta ao outro (Mt 19:1-12).

Falácia 6 - "Em 1 Coríntios 6:9 diz que os homossexuais não herdarão o Reino dos Céus”
A primeira Bíblia que a palavra homossexual apareceu nesse versículo foi na Revised Standard Version (RSV), em 1946, como uma tradução errônea para os termo grego original arsenokoitai. O próprio chefe da equipe de tradução da RSV, Luther Weigle, admitiu o erro posteriormente.
Esse termo é acompanhado de outro igualmente polêmico, malakoi. Algumas versões chegam a traduzir os dois termos juntos como ''homossexualidade''.
Tais interpretações são errôneas porque ambas palavras nem mesmo tem relação no grego, pois arsenokoitai foi até mesmo uma palavra inventada pelo autor do texto, por isso ele a repete em 1Tm 1:10 desacompanhada de malakoi.
Malakoi tinha muitos significados no grego. O Papiro de Hibeh (245 a.C) trata como “malakos” um prostituto cultual e Aristóteles o usa para falar de fraqueza e covardia. Até Jesus o usa com o sentido de luxo e delicadeza (Mt 11:8).
Os textos mais antigos que usaram arsenokoitai, como os Oráculos Sibilinos, Atos de João e as cartas de Teófilo à Autólico, remetem à exploração sexual e a cafetinagem. Pais da igreja, como Aristides, Orígenes, Eusébio e João, o Nesteuta, usaram arsenokoitai em contextos de prostituição, paganismo, promiscuidade, estupro e até em relações heterossexuais.
A Biblia Tyndale de 1526, a primeira em inglês, traduz como ''fracos'' e ''abusadores de si mesmos com a humanidade''.
A Biblia Almeida de 1681, a primeira em português, a tradução foi ''affeminados'' e ''fomitigos''. Porém antigamente ''affeminado'' significava ''pusilânime” ou até “mulherengo'', como prova o dicionário Cândido de Figueiredo de 1913. A nota de rodapé admite que a tradução possa ser ''molles'', conforme a Vulgata do séc. 4. Já “fomitigos” vêm do latim ''paedicator'', que tem relação com a pederastia.
Católicos já traduziram malakoi como ''masturbadores'' e Lutero traduziu arsenokoitai para o alemão knabenschänder, “aqueles que abusam de crianças”, por entender que se tratava de pederastia. A Bíblia de Jerusalém traduz malakoi como ''depravados'' e arsenokoitai como ''pessoas de costumes infames'' em 1Co 6:9 e como ''pederastas'' em 1Tm 1:10.
''Efeminados” e “sodomitas”, traduções mais comuns hoje, desconsidera que nem todo gay é efeminado e que ''feminino'' e ''masculino'' são construções da cultura. Já ''sodomia'' é um termo alterado pelos católicos medievais, sendo que já o usaram também para se referir ao sexo anal entre homem e mulher. Em algumas Bíblias, como a ACF, sodomita também é a tradução para os prostitutos cultuais no antigo testamento (Dt 23:18), o que indica essa relação da prostituição com o arsenokoitai. O uso de arsenokoitai acompanhado de “traficante de homens” em 1Tm 1:10 só reforça tal relação econômica do termo.
Ou seja, 1 Co 6:9 tem muitas traduções diferentes, imprecisas e inadequadas. É desonestidade usar tal texto para condenar a homossexualidade.
Mas Jesus alertou sobre os escribas que fecham o Reino dos Céus para as pessoas (Mt 23:13) e não ensinou que ser hétero é condição para ser salvo (Mt 19:16-19) nem que o gênero com quem você se deita a noite define sua salvação (Lc 17:34).
Mas o simples fato que as traduções desse versículo não menciona que as lésbicas vão para o inferno já prova que a preocupação desse texto não é com a homossexualidade!

Falácia 7: “Homossexualidade é uma imoralidade sexual”
Nenhum lugar da Bíblia faz essa associação (Pv 30:5-6).
A palavra grega original para imoralidade sexual é “porneia”, mas em outras traduções também aparece como ''prostituição'' (1Co 6:16-18; Ap 18:3) ou ''fornicação'', palavra de origem grega que também remete a prostituição, pois vêm de ''fornix'', os arcos e abóbadas que as prostitutas ficavam no império romano. Justamente por ser um termo amplo, porneia depende do contexto para ser interpretado, como quando Paulo usa em contexto de incesto em 1Co 5:1. Mas um significado atual mais apropriado seja a “promiscuidade”, já que Paulo diz que o casamento serve para fugir da porneia, ou seja, de relações descompromissadas e desregradas (1Co 7:2), o que não encaixa com a homossexualidade, já que enquanto existem até relações heterossexuais promíscuas, existem relações homossexuais compromissadas e fiéis.

Falácia 8: “Deus proíbe a homossexualidade pois casais homossexuais não geram filhos”
Sexo não é só para procriar (1Co 7:5). Deus nunca proibiu estéreis de se casar.

Falácia 9: “Não existe amor numa relação homossexual”
A Bíblia nunca afirmou isso (Ct 2:7).

Falácia 10: “Um pedófilo também pode dizer que ama a criança”
Comparar homoafetividade com um abuso sexual é total falta de senso de proporção (Mt 23:24). Assim como comparar com qualquer tipo de crueldade ou crime!
Quando fala-se de sexualidade humana, como homossexualidade ou heterossexualidade, está se referindo unicamente ao tipo de GÊNERO E SEXO que se atrai, ou seja, unicamente o conjunto de características físicas e biológicas do indivíduo. Já a pedofilia se trata de um distúrbio onde o critério definidor para o abusador é a IDADE da vítima, não importando gênero ou sexo. Além disso, existem heterossexuais pedófilos, nem por isso a heterossexualidade é pecado.

Falácia 11: “A homossexualidade é influência maligna, uma doença ou um desejo carnal”
A Bíblia nunca afirmou tais coisas (Pv 30:5-6).

Falácia 12: “Não há exemplos de casais homossexuais na Bíblia”.
Davi disse que amou Jônatas mais do que as mulheres (2Sm 1:26).


Ad hominem, ad populum e ad lapidem não desqualificam o texto.
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