DESCONTRUINDO OS ARGUMENTOS FUNDAMENTALISTAS CONTRA A HOMOSSEXUALIDADE A LUZ DA BÍBLIA
Para se chegar à conclusão que é pecado a homossexualidade, usa-se 2 principais argumentos: ou por que a Bíblia diz que é pecado ou por que há princípios na Bíblia que levam a crer que é pecado. Mas nenhum dos 2 se sustentam quando se ler a Bíblia sem tirar os textos do contexto a qual são inseridos.
Esses são os dois principais argumentos e suas refutações.
1 - Homossexualidade é pecado porque a Bíblia diz que é pecado, porque está escrito isso, porque ela diz que é uma abominação, contra a natureza e que homossexuais não herdam o reino dos Céus:
1 - Homossexualidade é pecado porque a Bíblia diz que é pecado, porque está escrito isso, porque ela diz que é uma abominação, contra a natureza e que homossexuais não herdam o reino dos Céus:
Em nenhum lugar da Bíblia se afirma que a relação homossexual é pecado; em nenhum momento, as palavras usadas na Bíblia para denotar pecado, como chatta’th, ‘avel, pesha’, rasha’ e asham no hebraico e harmatia, adikia, anomos e paraptoma no grego são usadas em contexto de homossexualidade. No Antigo testamento, acha-se apenas praticas homossexuais entre homens em contexto de idolatria em Levítico 18 e 20, ou de violência sexual nas histórias de Sodoma em Gênesis 19 e dos Filhos de Belial em Juízes 19; o sexo entre mulheres não é nem mesmo citado, revelando que a homossexualidade de fato não é uma preocupação para Deus. No novo testamento, Jesus Cristo, não condenou em momento algum a homossexualidade, e Paulo, único autor no novo testamento que cita uma prática homossexual entre homens também o menciona em contexto de idolatria, em que homens heteros deixam sua natureza para agirem como homossexuais em rituais pagãos na sociedade romana da época. Não se ver novamente o sexo entre mulheres sendo mencionado explicitamente. O outro texto de Paulo que usa-se para dizer que homossexuais não herdam o reino dos céus é um texto mal traduzido, ja que as palavras originais usadas por Paulo não se referem a homossexuais. Assim, pela Bíblia, se ver 3 fatos que provam que Deus não desaprova a homossexualidade: a ausência de uma condenação as lésbicas; Jesus não ter se preocupado com o tema; e todos os atos homossexuais citados serem praticados em contextos de idolatria ou violência, mas nenhuma condenação a homossexualidade em contexto de romance, amor, compaixão e reciprocidade, como ocorre com os casos de Davi e Jônatas, Rute e Noemi e o centurião de Carfanaum.
2 - Homossexualidade é pecado porque a Bíblia tem princípios, e um deles é que o casamento é apenas entre homem e mulher, pois Deus criou apenas homem e mulher, e porque o sexo deve gerar filhos:
Primeiramente, todo homossexual ou é um homem ou uma mulher; logo, não há nenhum erro na homossexualidade nesse sentido. Isso já finda essa discussão.
Segundo, é permitindo casamento e o sexo de pessoas que também não almejam ou podem ter filhos, como estéreis ou idosos, e ninguém ver erro em tal atitude. Se o sexo é somente procriativo, logo qualquer tipo de contato íntimo quedê prazer é pecado, como um simples abraço. Além disso, a Bíblia deixa claro diversas vezes que sexo também tem a função de dar prazer (Ct. 1:2-4; Ec. 9:9; 1Co. 7:5).
Terceiro, o casamento no Antigo testamento tinha apenas um ÚNICO propósito: fazer filhos!
Por isso, não faria sentido casar homossexuais na Bíblia.
Casamento na Bíblia não tem nada haver com afeição, reciprocidade, romance. A Bíblia dizia que mulheres estupradas deviam ser obrigadas a casar com seu estuprador, por exemplo (Dt. 22:22-30) ou que uma viúva era obrigada a casar com seu cunhado caso seu falecido marido não tivesse tido filhos com ela. (Dt. 25:5-12). Rute, por exemplo, foi obrigada a casar com Boaz , seu cunhado, para deixar um filho ao seu falecido marido, uma simples obediência a lei do levirato. Mas quem cuidou da criança foi Noemi, a quem Rute amava e se apegou. (Rt. 4:15). Ou seja: a mulher era um simples objeto a serviço dos homens. Por isso, a mulher não podia pedir carta de divórcio, somente o homem (Dt. 24:1). E o que falar da poligamia? Era extremamente comum e aceitável homens terem muitas mulheres, mas a mulher não podia ter muitos homens. Salomão chegaram a ter 1000 esposas!!! Quanto mais esposas tinha mais rico o homem era.
A esposa não dar filhos ao marido era tão motivo de vergonha, ao ponto delas dizerem para seus maridos se relacionarem com suas servas para lhe dar filhos no lugar delas!!! Isso se ver na história de Jacó e suas esposas, Raquel eu Lia, por exemplo. Ambas usaram barriga de aluguel por estarem estereis para dar filhos a Jacó, mas não havia inseminação in vitro naquela época: Jacó se deitou com as servas das suas mulheres com o consentimento delas!
Mulheres também poderiam ser dadas em casamento em uma aliança ou troca política, como quando Mical é entregue por Saul para Davi por este ter cumprindo um acordo político.
O papel extremamente submisso da mulher na Bíblia é tão evidente ate no episódio mais famoso usado por fundamentalistas para condenar a homossexualidade: o episódio de Sodoma, que deixa claro a visão machista vigente da época: a fim de evitar que os homens de Sodoma estuprassem coletivamente os anjos forasteiros acolhidos em sua casa, Ló oferece em troca as suas próprias filhas no lugar dos anjos para serem estupradas pelos homens!!! Além de isso deixar evidente que os homens de Sodoma não eram gays - já que Ló, conhecendo os sodomitas, não teria tentado trocar suas filhas mulheres no lugar dos anjos homens - também revela o contexto específico da cultura da antiguidade como sendo extremamente machista, em que o “feminino” é visto como submisso e que penetrar um homem é o mesmo que coloca-lo no mesmo nível que uma mulher, por isso, Levítico condena “com homem não te deitarás, como O DEITAR DE UMA MULHER”.
No outro episódio de estupro coletivo na Bíblia em Juízes 19, já que essa era uma prática comum na Antiguidade, a história é bastante parecida: homens tentam estuprar coletivamente outro homem estrangeiro, e o senhor da casa que tinha hóspedes faz a mesma coisa que Ló fez em Sodoma: oferece mulheres no lugar do homem para serem estupradas:
“Enquanto eles se alegravam, eis que os homens daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Traze para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele. O senhor da casa saiu a ter com eles e lhes disse: Não, irmãos meus, não façais semelhante mal; já que o homem está em minha casa, não façais tal loucura. Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este homem não façais semelhante loucura.”
Juízes 19:22-24 ARA
O fim da história é que os homens aceitam a oferta, estupram a madrugada inteira a concubina, e a deixam moribunda no chão, até sua morte.
Essa história assim como Sodoma revela que o maior problema daquela época não estava na homossexualidade, mas na figura da mulher na sociedade, como sendo submissa: a penetração por outro homem é desde a Antiguidade uma forma de dominação.
O problema aqui não é a homossexualidade, é a cultura machista.
Jeremias deixa claro o propósito do casamento na antiguidade:
“Casem e tenham filhos e filhas; escolham esposas para os filhos de vocês e DEEM as suas filhas em casamento, para que tenham filhos e filhas. Aumentem em número e não diminuam aí na Babilônia!”
Jeremias 29:6 NAA
O contexto ai era que Israel estava em exílio e sua população sendo dizimada. Esse era nesse caso, o propósito do casamento. Não faria sentido assim, gays se casarem.
Casamento na Bíblia é pura cultura e tradição humana e Jesus deixou claro que casamento não leva ninguém pro céu!
Quando foi afrontado sobre a lei do Levirato, Jesus deixou claro:
Casamento na Bíblia não tem nada haver com afeição, reciprocidade, romance. A Bíblia dizia que mulheres estupradas deviam ser obrigadas a casar com seu estuprador, por exemplo (Dt. 22:22-30) ou que uma viúva era obrigada a casar com seu cunhado caso seu falecido marido não tivesse tido filhos com ela. (Dt. 25:5-12). Rute, por exemplo, foi obrigada a casar com Boaz , seu cunhado, para deixar um filho ao seu falecido marido, uma simples obediência a lei do levirato. Mas quem cuidou da criança foi Noemi, a quem Rute amava e se apegou. (Rt. 4:15). Ou seja: a mulher era um simples objeto a serviço dos homens. Por isso, a mulher não podia pedir carta de divórcio, somente o homem (Dt. 24:1). E o que falar da poligamia? Era extremamente comum e aceitável homens terem muitas mulheres, mas a mulher não podia ter muitos homens. Salomão chegaram a ter 1000 esposas!!! Quanto mais esposas tinha mais rico o homem era.
A esposa não dar filhos ao marido era tão motivo de vergonha, ao ponto delas dizerem para seus maridos se relacionarem com suas servas para lhe dar filhos no lugar delas!!! Isso se ver na história de Jacó e suas esposas, Raquel eu Lia, por exemplo. Ambas usaram barriga de aluguel por estarem estereis para dar filhos a Jacó, mas não havia inseminação in vitro naquela época: Jacó se deitou com as servas das suas mulheres com o consentimento delas!
Mulheres também poderiam ser dadas em casamento em uma aliança ou troca política, como quando Mical é entregue por Saul para Davi por este ter cumprindo um acordo político.
O papel extremamente submisso da mulher na Bíblia é tão evidente ate no episódio mais famoso usado por fundamentalistas para condenar a homossexualidade: o episódio de Sodoma, que deixa claro a visão machista vigente da época: a fim de evitar que os homens de Sodoma estuprassem coletivamente os anjos forasteiros acolhidos em sua casa, Ló oferece em troca as suas próprias filhas no lugar dos anjos para serem estupradas pelos homens!!! Além de isso deixar evidente que os homens de Sodoma não eram gays - já que Ló, conhecendo os sodomitas, não teria tentado trocar suas filhas mulheres no lugar dos anjos homens - também revela o contexto específico da cultura da antiguidade como sendo extremamente machista, em que o “feminino” é visto como submisso e que penetrar um homem é o mesmo que coloca-lo no mesmo nível que uma mulher, por isso, Levítico condena “com homem não te deitarás, como O DEITAR DE UMA MULHER”.
No outro episódio de estupro coletivo na Bíblia em Juízes 19, já que essa era uma prática comum na Antiguidade, a história é bastante parecida: homens tentam estuprar coletivamente outro homem estrangeiro, e o senhor da casa que tinha hóspedes faz a mesma coisa que Ló fez em Sodoma: oferece mulheres no lugar do homem para serem estupradas:
“Enquanto eles se alegravam, eis que os homens daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Traze para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele. O senhor da casa saiu a ter com eles e lhes disse: Não, irmãos meus, não façais semelhante mal; já que o homem está em minha casa, não façais tal loucura. Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este homem não façais semelhante loucura.”
Juízes 19:22-24 ARA
O fim da história é que os homens aceitam a oferta, estupram a madrugada inteira a concubina, e a deixam moribunda no chão, até sua morte.
Essa história assim como Sodoma revela que o maior problema daquela época não estava na homossexualidade, mas na figura da mulher na sociedade, como sendo submissa: a penetração por outro homem é desde a Antiguidade uma forma de dominação.
O problema aqui não é a homossexualidade, é a cultura machista.
Jeremias deixa claro o propósito do casamento na antiguidade:
“Casem e tenham filhos e filhas; escolham esposas para os filhos de vocês e DEEM as suas filhas em casamento, para que tenham filhos e filhas. Aumentem em número e não diminuam aí na Babilônia!”
Jeremias 29:6 NAA
O contexto ai era que Israel estava em exílio e sua população sendo dizimada. Esse era nesse caso, o propósito do casamento. Não faria sentido assim, gays se casarem.
Casamento na Bíblia é pura cultura e tradição humana e Jesus deixou claro que casamento não leva ninguém pro céu!
Quando foi afrontado sobre a lei do Levirato, Jesus deixou claro:
“E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento;“
Lucas 20:34-36 ARC
Jesus simplesmente responde aos saduceus que não há importância alguma em ritos e liturgias matrimoniais. Não importa se você não deixou filhos ou se casou ou não. Casamento é algo terreno, humano, cultual e seguir a liturgia vigente do casamento não leva ninguém pro céu.
Nesse sentido, casamento homossexual é apenas uma prática cultural que evoluiu com o tempo, assim como o próprio casamento heterossexual, ja que hoje é impensável no cristianismo atual um homem ter 1000 esposas como Salomão teve ou um esposo se deitar com sua empregada porque sua mulher pediu para fazer um filho com ela ou um pai oferecer suas próprias filhas para serem estupradas! Mas tudo isso está na Bíblia, e precisam ser lidas dentro do contexto da época.
Mas a Bíblia apresenta outros princípios que favorece a homossexualidade reciproca, baseada no amor e no afeto mútuo. Exemplos:
Lucas 20:34-36 ARC
Jesus simplesmente responde aos saduceus que não há importância alguma em ritos e liturgias matrimoniais. Não importa se você não deixou filhos ou se casou ou não. Casamento é algo terreno, humano, cultual e seguir a liturgia vigente do casamento não leva ninguém pro céu.
Nesse sentido, casamento homossexual é apenas uma prática cultural que evoluiu com o tempo, assim como o próprio casamento heterossexual, ja que hoje é impensável no cristianismo atual um homem ter 1000 esposas como Salomão teve ou um esposo se deitar com sua empregada porque sua mulher pediu para fazer um filho com ela ou um pai oferecer suas próprias filhas para serem estupradas! Mas tudo isso está na Bíblia, e precisam ser lidas dentro do contexto da época.
Mas a Bíblia apresenta outros princípios que favorece a homossexualidade reciproca, baseada no amor e no afeto mútuo. Exemplos:
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás, e, se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.”
Romanos 13:8-10 ARC
Se o amor não faz mal a ninguém, se o amor é o cumprimento de toda lei, se o amor é a única coisa que devemos aos outros, porque duas pessoas do mesmo sexo se amarem romanticamente seria pecado? Também é amor, em um contexto intimo e sexual.
Outro princípio: “Não há mais judeu nem gentio, escravo nem livre, macho nem fêmea, pois todos vocês são um em Cristo Jesus.”
Gálatas 3:28 NVT
Jesus não analisa os gênero da pessoa para julga-las. As pessoas não serão divididas em homens e mulheres no juízo final.
E por fim:
“E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi e entendei: o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.”
Mateus 15:11 ARC
Mateus 15:11 ARC
Não é aquilo que se toca, bebe, come, veste, abraça, beija que contamina o homem; mas são as intenções, os maus desejos provenientes do coração que contaminam o homem. Pois ''o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.''
(1 Samuel 16:7)
Comentários
Postar um comentário